segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Semelhante atrai semelhante

Tomo aqui com muita propriedade as palavras de Fernando Anitelli de O Teatro Mágico:

“Os opostos se distraem, os dispostos se atraem”


Ao contrário de um ímã, onde os pólos que se atraem são os contrários e os que se repelem são os semelhantes, percebo que há uma tendência humana em atrair o semelhante. Os semelhantes tendem a se agrupar.

Digo isso por vivência. Quando comecei estudar filosofia, por exemplo, não parava de chegar a mim pessoas relacionadas a esta ciência, livros, cursos, etc. Da mesma forma quando comecei as minhas vivências de caráter espiritual encontro pessoas que estão no mesmo caminho que eu.

A propósito, existem práticas de magia para concretização de metas que consiste em pensar profundamente nestas metas como se já tivesse conseguido. Não tão simples assim, nem tão superficial como descrito em ‘O segredo’.

Os ocultistas dizem que a palavra pronunciada toma forma no campo energético de quem a pronunciou, a ciência da kabbalah. Daí também a importância de pensa positivo. Pensamento> Palavra> Ato> Hábito> Caráter> Destino. Quem pensa positivo tende a ter uma vida positivamente boa!

É tendência que o feitiço volte contra o feiticeiro, tendência! O ser amável que faz o bem se sente bem e atrai o bem pra si!

Naturalmente os semelhantes se identificam, se entendem, bem como diz uma generalização da química de solventes e solutos “semelhante dissolve semelhante”. Isto quer dizer que se misturam facilmente!

Gentileza gera gentileza! A sabedoria dos ditos populares é incrível, afinal, para ser um dito popular esse imenso conhecimento denso numa pequena frase deve passar por um filtro de aprovação de milhões de pessoas. Incrível não, melhor, surpreendente! Não me canso de dizer o dito certo que gentileza gera gentileza! E é por meio da gratidão que isso acontece, pois é bem comum que seja grato a alguém que te faz uma gentileza e essa gratidão exige, ironicamente sem pretensão, uma gentileza com aquele que foi gentil com você. Ou seja, a única forma de retribuir a gentileza é com a própria. Quero dizer com isso, que um ser gentil faz bem a si fazendo bem aos outros, compartilhando gratidão.

É conhecido que no estudo de música que o semelhante também atrai semelhante por uma experiência interessante: um violão e um piano numa sala acústica, quando é tocado uma nota no piano essa mesma nota é refletida no violão, em outras palavras, o violão reproduz a mesma nota automaticamente por causa da vibração da nota do piano. Bem assim a vibração de ondas dos nossos pensamentos e ações se reflete em pessoas que se tornam semelhantes.

Os semelhantes se atraem, é fato, mas pra compreender isso é preciso entender a dualidade como um só processo. O bem e o mal é um só processo. A função reguladora. Uma atitude levada ao extremo se transforma em seu contrário, depois do pico vem a decadência, em outras palavras, depois do máximo não tem pra onde ir senão em direção ao mínimo. Por exemplo, o amor atrai o amor, só que o amor demais gera aversão.

Bom, é isso o que eu tenho a dizer, isso que gostaria de compartilhar. Se chegou aqui, com certeza temos algo em comum. Gratidão pela sua compreensão do texto!


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Comidinhas bem comidas

Fiquei admirado como aquele corpinho é capaz de caber tanto amor. As baixinhas me encantam, todas elas. De corpinhos pequenos, delicados,... Amo!

Mas aquele corpinho não cabe só amor, ela come feito um Sei-lá-o-quê! Parece que estava amarrada sem comer durantes dias, mas não é. Se logo em seguida de uma boa refeição lhe oferecer outra, pode ter certeza, ele comerá novamente.

Quer um chocolate, meu bem?
Quero!

Quer uma maçã, meu amor?

Quero!
Quer isso e aquilo, meu tudo?

Quero!


Ela sempre aceita tudo que é de comer. Aliás, tem um corpinho pequeno assim e até parece uma criança, no sentido de tudo o que vê quer colocar na boca. Depois de um tempo se aprende, agora digo assim:

Meu bem, meu amor, meu tudo, olha o que eu trouxe pra você: um chocolate, uma maçã, mais isso e aquilo!

Simplesmente devora tudo de uma só vez! E eu fico admirado quando ela coloca na boca, ela brinca, degusta e engole. Enquanto ela se delicia com tudo na boca, eu a como com os olhos! Esse corpinho cabe tanto, ela não tem fundo, digo, é um saco sem fundo. É como um fox, pequena por fora, gigante por dentro! [Putz! O amor nos torna bobos... rs]

É a falsa magra, hipnótica, pernas grandes e largas, peitões, mas é magra. Mas é linda, proporcionalmente gostosa, uma delícia, de gosto bom, é de comer, de saborear, de derreter na língua! É uma sopa de letrinhas jogadas sobre a mesa pra eu poder ler em braile... Traduzindo pra vocês essa sopa é um poema que perpassa a mesa, que está também derramado sobre a cama, o sofá, no chão, até mesmo embaixo do chuveiro, em todos os lugares e a todo o momento, olhou, sentiu vontade, é hora de matar a fome, de comer... Assim ela pensa! Eu acompanho a refeição...

Só quem a conhece intimamente e se alimenta de prazer é capaz de degustar essas palavras em seu sentido comestível, de sentir o gosto doce da palavra ‘chocolate’ que é o mesmo doce que se encontra nas primeiras lambidas na palavra ‘amor’. O amor só não pode ter gosto de maçã, a maçã tem gosto de paixão. Ah! Ela adora paixão... Já devorou várias! Devorou como uma fera, dilacerando com os dentes cada pedacinho de carne de uma presa. Ela se chama Libido, hoje venho alimentá-la com estas palavras, ela as morde e quase morde junto a minha mão, é preciso ser sagaz. Ela acaba mordendo a língua, e come a si mesmo, quando não tem do que se alimentar, e vai comendo, comendo, comendo cada pedacinho da sua própria língua que depois de um tempo fica só a boca, com dentes pontiagudos e afiados! Não tem mais língua, não degusta mais apenas come e engole, sem sentir. É preciso então cuidar bem dela, alimentando-a com o que ela mais gosta... Seja chocolate ou maçã!

Ah! Voltando ao assunto central... Como eu gosto dessa garota. Dias atrás saímos para comer, ela fez como Eva: comeu uma maçã e Adão de sobremesa.

Nhan nhan e nheco nheco... Eu me fartei!

sábado, 24 de outubro de 2009

O tamanho do BomBom

O tamanho do bombom é o equilíbrio da vontade. Não é o tamanho de uma bala, que não mata a vontade. Nem é o tamanho de uma barra, que satura a vontade.

A vontade é morta pelo bombom, assim como os monstros são em filmes clássicos de terror: o necessário para acabar uma história e o suficiente para começar outra.

Não trato aqui do sabor do bombom, que pode ser de chocolate, caramelo, etc. Nem trato aqui de um bombom específico. Trato sobre o tamanho do bombom que, aliás, é um tamanho único que não se mede.

A dose perfeita do tamanho do bombom traz a paz do contentamento e, quase que simultaneamente, traz também a agonia do 'quero mais'. Não é uma overdose de contentamento que paralisa e estatiza o universo, nem é a abstinência do 'querer e não poder'. É um agrado generoso e ideal que alimenta a vontade da busca. Esse tamanho causa satisfação, não contentamento; causa saudade e não ausência.

É BomBom, não é BomDemais, nem BomMau, é BomBom!

O que seria do mundo sem o tamanho do bombom sendo a vontade o motor da ação e o nirvana a anulação do eu? Seria o céu se fosse só barra ou seria o inferno se fosse só bala. Mas é mundo, é do tamanho do bombom!

Posso descrever o antes e o depois do bombom, mas há um momento mágico intocável e inefável. O antes é bom e o depois é bom, mas o meio não é um hífen, não é um espaço. Ali no meio, no ponto entre o querer e a satisfação, mora um abismo, o mistério do universo, os gnomos e Deus. São\é duas partes equivalentes juntas em um só inteiro e sem separação, como se fosse/m dois e um ao mesmo tempo. Tempo! O tamanho do bombom brinca com o tempo, ali o tempo se curva e junta-se as duas pontas: início e fim.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Seres Insignificantes!


Imagino o tamanho de um bairro, com uma grande quantidade de pessoas, cada uma se sentindo o centro do mundo. Mas imagino também uma cidade, com centena de milhares dessas pessoas egocêntricas. Um estado, um país, um continente inteiro mas todos vêem a si próprios como únicos e importantes para a contribuição histórica da humanidade. E vejo o mundo inteiro, uma galáxia, o universo. É uma graça!

Ah! O tempo de vida... Dizem por aí que cada segundo é importante e o que vale é o dia de hoje. Talvez pensando assim e acreditando que a expectativa de vida de oitenta anos seja uma grande vida, viva-se mais e feliz! Eu penso em bilhões de anos passados, evoluções lentíssimas: o homo erectus demorou entre 20mil e 200mil anos para cruzar a África e chegar à Ásia.

Insignificantes criadores de significados!

Mas não, somos mesmo importantes! Nem somos mais animais... Que beleza! Somos tão sofisticados que conseguimos decifrar códigos sonoros em signos, isto é, cada som é uma palavra. É pouco, ouvir uma 'nota' e dar um sentido único e universal a esta, porém mutável? É pouco?

Pouco é nessa imensidão de espaço e tempo [...], isso sim é pouco!

Daemon



Saia de casa ansioso às 19:30 para participar de um ritual novo que perpassaria a noite, e assim foi. A noite inteira em profunda meditação, espíritos e animais de poder, força universal. Divino! Perdi a noção de tempo, era uma eternidade simbolica. Foi um trabalho forte o de ontem, me senti perplexo e me envolvi num sono profundo. Acordei às 7:00, o sol já traçara maior parte do seu percuso violeta.

Chegando em casa na mais profunda paz, ouvindo mantras e conversando com o meu cunhado. A essa altura já passava das 16:00. Ainda perplexo com a presença dos daemons comecei a narrar as minhas viagens astrais, enquanto aguarda ferver a água do café, ali mesmo na cozinha.

Enquanto a história se desenrolava a água fervia. Era como dois carreteis com uma mesma linha, ao mesmo tempo que se desenrolava de um se enrolava em outro, como um papiro. Um jogo de energias... Eu seguia contando e citando os nomes dos daemons e respectivos rituais de evocação, enquanto isso a água esquentava mais e mais. Até que citei o nome de um demônio poderosíssimo, nenhum nome de Deus consegue afastar esse demônio. Somente uma mente igualmente poderosa poderia desafiá-lo e quem sabe dominá-lo. A água ferveu como, borbulhas pulando para fora da panela como larvas. Aí o mais incrível aconteceu...

Eu de costas para uma janela de vidro que se encontrava fechada, meu cunhado de frente pra mim foi em direção ao fogão e desligou o fogo. No mesmo instante ouvi um estilhaçar de vidros. O vidro se partiu em vários pedaços. Eu não tinha coragem para olhar pra trás, pois sequer toquei no vidro. Eu prefiro não pensar no que aconteceu... Mas a maior parte que caiu do vidro fez uma forma familiar, uma geometria peculiar. É um pedaço grande, pretendo leva-lo ao mestre. Talvez ele possa dar alguma explicação a isso!

Os daemons são experts em culinária! Eu nunca comi do pão que o diabo amassou, mas ainda tomo do café. rsrs

Deus é mais!

A iminência da morte!


A morte é que dá o sentido da vida... A partir da concepção de morte é elaborado um sentido de vida. Toda a estrutura de sentidos da vida é a priori a própria estrutura de sentidos sobre a morte.

Eu acredito que somos essencialmente ideia. No jogo de xadrez o cavalo não é apenas um cavalo, o cavalo representa um movimento, uma possibilidade, uma ideia. Assim como este cavalo em matéria representa simbolicamente uma ideia, nós em corpo representamos um espírito. Onde a morte efetivamente não existe. A partir disso é possível construir o meu próprio paraíso artificial ou inferno artificial.

O outro, ou o próximo como diz Einsten, é parte dessa mesma ideia. É mais uma peça. É a mesma ideia. É pela mesma evolução que estamos aqui. Somos o mesmo projeto, aliás, podemos também interferir neste projeto, ajudamos a tecer a trama do destino. Somos co-criadores do universo. E sem dúvida, apenas isso justifica a criação divida, na conversa com deus, o outro co-criador do universo.

Comece o dia sorrindo! :)

Ao visualizar este vídeo você pode simplesmente entender nada. Mas, por favor, permita-se pelo menos uma pausa: inspire, expire e sorria... Sorria mesmo que não seja espontâneo, já será um ótimo começo.
O pensamento que levamos para o sono é o que nos acompanha durante o sono, assim como o pensamento que levamos ao dia é o que nos acompanha durante o dia. Por isso é importante que o nosso ultimo e primeiro pensamento seja positivo! Happy!

Lua

Sobre a força da lua...

Ontem, mais um dia de muita força e boas vibrações, foi dia de contemplação da lua. E que força! Esteve evidente o ciclo de energia da lua na terra. A lua banhando a terra com a sua energia. Uma metáfora, a lua como um copo de leite cheio é a lua cheia, cheia de energias. O copo se inclina e começa a derramar o leite energético que alimenta, é a lua minguante, que passa ao quarto minguante. A lua está quase vazia, derramou boa parte da sua claridade. É hora da formação de uma lua nova, para uma lua cheia de novas energias de vida.

Acredita-se que a vida na terra iniciou por causa da lua. O movimento da lua pela gravidade causou na geléia primária o movimento de maré, ondas, que fez fundir e mesclar as proteínas, formando as primeiras celulas de vida.

O copo vazio está cheio de ar, é sempre bom lembrar. Também entre eu e você e entre nós e a lua há matéria em diversas estados. Estamos interconectados e somos fortemente influenciados e também influenciamos. Co-criadores do universo.

Jaci é a deusa da lua na mitologia brasileira. [Pois é... O Brasil tem mitologia e poucos conhecem, estudamos nos colégios nacionais apenas mitologia clássica que é a grega, egípcia, maia, inca] Ártemis deusa grega da lua. No Egito Thot. Enfim. Em diversos lugares um nome e uma manifestação, mas a deusa na verdade é a própria lua! Amém!

Eterno enquanto dure

Estive pensando no poder inesgotável de um instante. O dicionário online priberam define 'instante' assim ó: O mais pequeno espaço apreciável de tempo.

Já começou errado, talvez queira dizer 'menor' quando diz 'mais pequeno'. rs Só que este 'menor' não tem nada de pequeno. O instante é eterno, o agora é inesgotável, assim como uma palavra é infinita de significados.

Para se ter a ideia de quão grande é um instante eu fiz uma foto, que é uma forma de parar o tempo para captar o instante. Aliás, não todo um instante, mas apenas uma pequena partícula de um instante, um quadro de um instante, sem som, sem cheiro, sem gosto, sem textura, apenas uma imagem. E parei nesta foto e percebi o quanto é inesgotável essa simples imagem, simples mesmo, não era nenhum Cartier-Bresson! rs


Na física quântica cada partícula do universo tem a potencialidade de criar em si um novo universo, é a potencialidade de infinito contido no finito! Que é representado pelo símbolo místico da Estrela de Salomão, com um triângulo virado pra cima e outro pra baixo representando cada o bem e o mal, a dualidade. Também a mandala que representa infinitas possibilidades num único círculo!

No Bhagavad Gita - a bíblia hindu - no diálogo com o príncipe Arjuna, Krishna diz que todo o universo é apenas um centelha daquilo que ele é capaz de fazer, o universo é apenas uma centelha do próprio Krishna. Krishna é a principal encarnação do Vishnu, Vishnu é o mesmo que a consciência crística, ou seja, é o próprio Deus que encarnou também em Jesus. Enfim, é tão bom pensar que além de o menor espaço de tempo ser inesgotável, que teremos também inesgotáveis espaços de tempo e mais isso é só uma centelha de Deus, é só mínimo! É demais!

Aleister Crowley – mago ocultista britânico - diz que devemos beber do cálice até a ultima gota do vinho da encarnação. Cara, isso é impossível! Num só instante já dá pra ficar entorpecido desse vinho... rs

Adoro mulher!

Eu sou um adorador da mulher! No mais fino significado da palavra adoração: devoção, reverência, respeito, fé e gratidão, muita gratidão!

A mulher é em-si um grande santuário. O cálice sagrado que quer receber o líquido que o homem quer dar... O homem é força que dá, a mulher é força que acolhe. O útero é um cálice! O líquido é a fonte... E eu conheço a fonte que desce do monte!

Eu desenho os sigilos no corpo da mulher, beijo os seus pés e clamo a sua força!

Um aparato divino é a mulher, o útero universal. A força feminina matriarca da vida, da encarnação. Somente esta força é capaz de materializar o éter no corpo físico, de gerar a vida espiritual no corpo físico!

Que essa imensa gratidão se expanda pelo universo e que fique registrado aqui com todas as forças que um dia neste mundo um homem amou a mulher!



Como eu adoro mulher... Amo!
Ô trem bão sô!
Ahowww

Orgulho & Vaidade



O orgulho é o exagero do amor próprio. Por outro lado, quem não tem amor próprio é o pusilânime. A carência do orgulho mostra que falta algo nestas pessoas, parece haver algo de errado nelas que não se julgam dignas de coisas boas!

Na Filosofia há um grande debate a respeito do orgulho e vaidade. Os pré-socráticos exaltam a vida, é uma forma de orgulho. Aristóteles pondera isso, diz que o orgulho deve ser na medida certa. Ele diz que os soberbos são insensatos e ignorantes porque assumem responsabilidades honrosas de que não são dignos. Discute a magnanimidade e pusilanimidade.

A ética cristã prega o desfazer-se de si, a própria lógica da confissão e da vida em pobreza é uma negação dos prazeres, do orgulho e da vaidade. Mas isso é mais um discurso ideológico que filosófico. É transformado em filosófico pela escolástica de Agostinho e Tomás.

Para Agostinho a vaidade é um conhecimento parcial da realidade. O raciocínio dele é assim ó: a finalidade do conhecimento é chegar a Deus, o homem é um ser racional, ou seja, se diferencia dos outros animais pelo intelecto, então, a natureza do homem é conhecer Deus. O homem que não cumpre isso, não cumpre a sua natureza. rsrs É Engraçado, neh?! Mais é assim que ele pensa, a escolástica usa a filosofia para dizer assim ó: se isso... e isso... e mais isso... logo, Deus! rsrs

Para Tomás de Aquino é bem por aí também. A vaidade é conhecimento ultimo das coisas, mas como as coisas para ele são mutáveis, o conhecimento das coisas são ilusórios, quem diz conhecer as coisas em si são os orgulhosos. Nada conhecem! Ele diz que a soberba é "a mãe de todos os vícios".

Bigode é que briga de espada com o cristianismo, o niilismo! Daí é que eu não sei se Nietzsche é otimista ou pessimista. Fortemente influenciado pelos pré-socráticos, ele tenta retomar aquela empolgação toda de exaltação da vida. Ele ironiza a mulher se não em engano no livro "Para além do bem e do mal" diz: "A quem sou grata a vida inteira: a Deus e a minha costureira". rsrs

Enfim, mostram lados positivos e negativos do orgulho e vaidade, que parecem para mim serem uma coisa só. Comportamentos que de mãos dadas são a própria soberba.

Tanto o orgulho quanto a vaidade brotam do amor de si, do amor próprio. Até onde esse amor pode ser positivo ou negativo?

Os gregos que diziam e com razão que a diferença do veneno para o remédio está na dose. Mas... Qual a dose certa do orgulho e da vaidade? Na dose certa de orgulho, o indivíduo se torna magnânimo. Orgulho e vaidade exagerados e o indivíduo se torna soberbo, vê a si mesmo como num plano superior que a todas as outras criaturas. Sem o orgulho e vaidade, sem auto-estima, o individuo se vê menos que os outros, não cria e não tem voz, é mero homem no mundo.

Felicidade condensada

Chorar de alegria é muito bom,
de felicidade é melhor ainda!
Chorar com um sorriso no rosto é lindo...

E eu chorei! Chorava tanto que pensei que fosse me desidratar... Chorava tentando inconscientemente atingir a paz de espírito, o equilibro... Tentava inconscientemente colocar para fora o excesso de alegria e felicidade, e saia em forma de lagrimas. E ali sentando, chorando e sorrindo eu peguei a lagrima com um dedo. Contemplava aquele líquido... Sabendo que ali era uma gota de felicidade condensada. Aquela gota é sagrada!

O nosso corpo é perfeito, se precisar de 100g de batata e comer 1kg vai colocar 900g pra fora, por cima ou por baixo. Assim é o nosso espírito que coloca pra fora em forma de somatizações os nossos sentimentos excessivos ou\e prejudiciais.

Daí é que o choro alivia a tristeza, bota pra fora: chora, chora, grita, que funciona! Há quem cague de medo ou transpire de nervosismo. Mas há quem chore de alegria... É quando a felicidade transborda em lágrimas!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Primavera das pedras


Nós passamos tão rápido pela existência deste mundo, nosso tempo por aqui é tão pouco! Nós não conseguimos ver a beleza das pedras...

Talvez a beleza de uma flor seja fugaz em relação à beleza de uma pedra, não sabemos. Não saberemos... Nosso tempo de vida é relativamente um flash no dia eterno do tempo. Apenas um dos instantes dessa série ininterrupta e eterna de instantes!

Nós não conseguimos perceber uma pedra crescer, elas crescem! Talvez estejamos passando tão rápido por aqui que elas também não possa nos perceber... E penso que outros seres desconhecidos também passam por aí que nós não os percebemos!

De olhos fechados abrimos o terceiro olho, o olho-que-tudo-vê, da providência. Na mesma lógica de que o silêncio é a junção de todas as palavras, a nudez a soma de todas as roupas e o branco a soma de todas as cores.

Talvez assim, neste estado meditativo da consciência de dissolução no cosmo e no tempo possamos perceber não só a primavera das flores, mas também a primavera oculta das pedras!

"Aprendi o segredo da vida vendo as pedras que choram sozinhas no mesmo lugar"


quinta-feira, 4 de junho de 2009

Livraria

É como um cemitério
De memórias vivas
De pessoas mortas
De pessoas vivas

Livraria - casa de memórias,
Planos, relatos e sonhos
Separados em sessões
Sub-sessões

Vaidosas catacumbas
Capas magníficas
Mas, no interior,
São os mesmos em letras
Destinados ao mesmo fim

Livreiros - vendedores de almas
Leitores de almas
Consumidores necrófagos

Quero ser enterrado vivo
Como uma semente
Numa livraria!

Jorge Henrique Vieira. 04 de junho de 2009