segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Primavera das pedras


Nós passamos tão rápido pela existência deste mundo, nosso tempo por aqui é tão pouco! Nós não conseguimos ver a beleza das pedras...

Talvez a beleza de uma flor seja fugaz em relação à beleza de uma pedra, não sabemos. Não saberemos... Nosso tempo de vida é relativamente um flash no dia eterno do tempo. Apenas um dos instantes dessa série ininterrupta e eterna de instantes!

Nós não conseguimos perceber uma pedra crescer, elas crescem! Talvez estejamos passando tão rápido por aqui que elas também não possa nos perceber... E penso que outros seres desconhecidos também passam por aí que nós não os percebemos!

De olhos fechados abrimos o terceiro olho, o olho-que-tudo-vê, da providência. Na mesma lógica de que o silêncio é a junção de todas as palavras, a nudez a soma de todas as roupas e o branco a soma de todas as cores.

Talvez assim, neste estado meditativo da consciência de dissolução no cosmo e no tempo possamos perceber não só a primavera das flores, mas também a primavera oculta das pedras!

"Aprendi o segredo da vida vendo as pedras que choram sozinhas no mesmo lugar"