terça-feira, 27 de outubro de 2009

Comidinhas bem comidas

Fiquei admirado como aquele corpinho é capaz de caber tanto amor. As baixinhas me encantam, todas elas. De corpinhos pequenos, delicados,... Amo!

Mas aquele corpinho não cabe só amor, ela come feito um Sei-lá-o-quê! Parece que estava amarrada sem comer durantes dias, mas não é. Se logo em seguida de uma boa refeição lhe oferecer outra, pode ter certeza, ele comerá novamente.

Quer um chocolate, meu bem?
Quero!

Quer uma maçã, meu amor?

Quero!
Quer isso e aquilo, meu tudo?

Quero!


Ela sempre aceita tudo que é de comer. Aliás, tem um corpinho pequeno assim e até parece uma criança, no sentido de tudo o que vê quer colocar na boca. Depois de um tempo se aprende, agora digo assim:

Meu bem, meu amor, meu tudo, olha o que eu trouxe pra você: um chocolate, uma maçã, mais isso e aquilo!

Simplesmente devora tudo de uma só vez! E eu fico admirado quando ela coloca na boca, ela brinca, degusta e engole. Enquanto ela se delicia com tudo na boca, eu a como com os olhos! Esse corpinho cabe tanto, ela não tem fundo, digo, é um saco sem fundo. É como um fox, pequena por fora, gigante por dentro! [Putz! O amor nos torna bobos... rs]

É a falsa magra, hipnótica, pernas grandes e largas, peitões, mas é magra. Mas é linda, proporcionalmente gostosa, uma delícia, de gosto bom, é de comer, de saborear, de derreter na língua! É uma sopa de letrinhas jogadas sobre a mesa pra eu poder ler em braile... Traduzindo pra vocês essa sopa é um poema que perpassa a mesa, que está também derramado sobre a cama, o sofá, no chão, até mesmo embaixo do chuveiro, em todos os lugares e a todo o momento, olhou, sentiu vontade, é hora de matar a fome, de comer... Assim ela pensa! Eu acompanho a refeição...

Só quem a conhece intimamente e se alimenta de prazer é capaz de degustar essas palavras em seu sentido comestível, de sentir o gosto doce da palavra ‘chocolate’ que é o mesmo doce que se encontra nas primeiras lambidas na palavra ‘amor’. O amor só não pode ter gosto de maçã, a maçã tem gosto de paixão. Ah! Ela adora paixão... Já devorou várias! Devorou como uma fera, dilacerando com os dentes cada pedacinho de carne de uma presa. Ela se chama Libido, hoje venho alimentá-la com estas palavras, ela as morde e quase morde junto a minha mão, é preciso ser sagaz. Ela acaba mordendo a língua, e come a si mesmo, quando não tem do que se alimentar, e vai comendo, comendo, comendo cada pedacinho da sua própria língua que depois de um tempo fica só a boca, com dentes pontiagudos e afiados! Não tem mais língua, não degusta mais apenas come e engole, sem sentir. É preciso então cuidar bem dela, alimentando-a com o que ela mais gosta... Seja chocolate ou maçã!

Ah! Voltando ao assunto central... Como eu gosto dessa garota. Dias atrás saímos para comer, ela fez como Eva: comeu uma maçã e Adão de sobremesa.

Nhan nhan e nheco nheco... Eu me fartei!