
Escolher é discriminar
Definir é limitar
O conhecimento é universal
A opinião é pessoal
Entendi, gostei
Universalizei escolhendo
Discriminei gostando
Pessoalmente opinei:
Que merda, errei.
Sou um homem simples,A pele escura
Com minhas complexidades.
Sou uma porção de mentiras
E outra de verdades.
A minha alma é rasgada em tiras,
Em cada tira, uma parte da vida.
Em cada parte, um sentimento.
Em cada um deles, uma ferida.
Há pela rua
A pele nua
Há vontade crua
A crueldade sua.
O verbo é uma cor,Sou um átomo,
A ação não tem sabor.
A dor é quente.
O som áspero...
O verbo não tem cor,
a ação não tem sabor,
não nego o dissabor.
Sou o universo.
Sou um livro inteiro,
Ou somente um verso.
Não sou brasileiro,
Sou do mundo.
Não sou diplomata,
Não sou vagabundo.
Sou um, dois ou três.
Se sou mais, não sei.
Sou sim, não e talvez.
Sou esse indefinido
Sou o que descreve
Sou o que interpreta
E o que escreve.
Menino, destino e azar.Como foge do lobisomem?
Cidade, realidade, roubar.
Não come, a fome, matar.
Tá! Tá! Tá!
Come, se está com fome.
Se está com fome, mame.
Ame, se quer ser amado.
Perdoe e seja perdoado.
Viva, não é pecado.
Não vale a pena, uma vez apenas.Luz – temperatura
Mexe, não pare.
Agora, pare e repare.
Eu quero mais, por favor, faz!
Mais uma vez, duas ou três talvez.
Até de manhã, ou até amanhã.
De hoje a eternidade, quando durar a vontade.
Expressão pura.
Faíscas de gelo
Trituram o cheiro...
Rasgado pela unha de leão.Partes, pedaços, porções,
Palavra-navalha...
O coração pela pedra esmagado
Dilacerado pela paixão,
Assim, ficou em migalhas.
Cortes, talhos e ilusões.
Pé de aço, forte!
Pedaços, pedaços, pedaços,
Todos frágeis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário