sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Holzwege e a Arte



Holzwege é uma palavra de origem alemã que significa literalmente “caminhos na floresta”.

Heidegger, filósofo alemão, usou esse termo para tratar da epistemologia. Para Heidegger, assim como em uma floresta de mata fechada que os caminhos feitos por um lenhador abrem clareiras onde é possível andar, nós estamos imersos em um Ser de obscuridade, onde a razão e o contato do homem com o mundo abrem caminhos que o guia por essa floresta que é a vida.

É retomado, então, a questão do Ser: a partir desse argumentos, o desconhecido passa a ser o nada, pois o conhecido é palpável e finito, enquanto o desconhecido é infinito, transparente e vazio.

A arte, enquanto algo totalmente novo e distinto de qualquer símbolo, se enquadra nessa categoria de objetos desconhecidos. A arte é vazia, ao menos em primeiro momento. Sendo assim, além da estética, qualquer criação, qualquer objeto novo pode ser considerado como arte. E por que não?

Quero colocar aqui a criação como arte, toda e qualquer criatividade é arte! Não questiono o valor artístico...

O valor artístico só pode ser atribuído a partir da introspecção. A arte para o apreciador é a identificação linguística intangível à concepção. A arte diz, também de forma simbólica, o que as palavras não dizem. A arte para quem faz é processo incerto e a expressão subjetiva.

"O artista é aquele que fixa e torna acessível aos outros o eterno espetáculo de que participam sem perceber" Merleau-Ponty.

E mais, esse algo que acabo de criar é arte! Ipontofinal

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