sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A mosca e a garrafa


A mosca e a garrafa

No espaço determinado,
No tempo dado,
Está cá a garrafa.

Transformando-se no tempo,
Movendo-se no espaço,
Vem de lá a mosca.

Tão rápida, muito rápida.
O vento atrapalha a visão...
Entra a mosca na garrafa.
Sem notar a contra-mão,

Tão rápida, muito rápida.
Parou com a cara no fundo.
Vendo o mundo por um vidro
Bate forte pra sair.

A mosca, desesperada,
Bate de cá e bate de lá.
Para ela, é um problema.
Na verdade, problema não há.


Fiz essa coisa aí pensando na relação do filósofo e a filosofia: Entrou na garrafa porque quis, pensando que havia um grande problema a frente, o de tentar sair da garrafa. Bate de um lado e do outro no vidro, mas a saída é a mesma porta de entrada: a boca da garrafa. Não existe o problema!

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